MUHSE

Padrão

MUHSE.

Em 1983, a Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEX) preocupada com as coleções, exposições temporárias e outras experiências nas áreas museólogicas, cedeu um espaço cultural no Centro de Cultura e Arte (CULTART) da UFS, onde foi criada a de Sala de Cultura Popular com a finalidade de expôr a memória sergipana através de exposições temporárias organizadas pela professora Beatriz Góis Dantas.

 

Fig. 24 – Sala de Cultura Popular (1983-1993) no Centro de Cultura e Arte (CULTART)

 

 

 

 

 

 

Fonte: Caixa 04, pacote 06 Muhse. Fotógrafo: Jairo Andrade em outubro de 1987. Acervo do MUHSE.

 

 

 

O local funcionou de 1983 a 1988, quando foi feita a catalogação e a classificação do acervo exposto nos dias atuais no MUHSE.    

 

 

 

Fig. 25 – Sala de Cultura Popular (1983-1993) no centro de cultura e arte (CULTART).

 

 

Fonte: Caixa 04, pacote 06 Muhse. Fotógrafo: Jairo Andrade em outubro de 1987. Acervo do Muhse. O funcionário do museu ficava dentro da sala.

 

 

 

             O Museu atualmente está localizado em um edifício que foi residência do presidente do estado[1] de Sergipe, Sr.Manoel Correia Dantas, nos anos de 1927 a 1930, e também é um órgão suplementar vinculado à PROEX-UFS, dirigido pela professora Msc. Verônica Maria Meneses Nunes desde junho de 2009 até a presente data.

 

O andar de cima é atualmente onde está localizada a Sala de Cultura do MUHSE.

 

 

 

Fig.26 – Foto do Museu do Homem Sergipano (MUHSE)

 

 

Fonte: Acervo pessoal Valdineide Silva, em 13/09/2011

 

 

 

          Um dos papéis fundamentais do museu é cumprir a função sócio-educativa e cultural para fortalecer a identidade sergipana, através de exposições temporárias, permanentes e tem também como função promover cursos, palestras e seminários. Trazendo ao conhecimento do público a trajetória humana da pré-história até os dias atuais, as ações e projetos do museu buscam interagir com a sociedade local de geografias mais distantes. O MUHSE tem estado presente na salvaguarda de peças históricas, em projetos de educação e memória através da identificação e catalogação da documentação relacionada à memória sergipana contida na biblioteca da própria instituição. As informações contidas nas exposições permanentes foram realizadas através de pesquisas de profissionais das áreas de História, Antropologia, Arqueologia, Geografia, Economia e Agronomia e nos livros e “Textos para a História de Sergipe” com a concepção museólogica e museográfica da Profa. Dra. Maria Cristina de Oliveira Bruno do Museu de Arqueologia e Etnografia da Universidade de São Paulo (USP)[2]. 

 

       Mas tendo como foco a Sala de Cultura Popular do museu, local escolhido por conter em sua exposição permanente a coleção de cerâmicas Carrapicho, selecionada como objeto de pesquisa para a difusão do conhecimento ou reconhecimento da população, compreende-se “coleção” como:

 

todo o conjunto de objetos naturais e artificiais, mantidos temporária ou definitivamente fora do circuito de atividades econômicas, submetidos a uma proteção especial em um local fechado preparado para esta finalidade, e expostos, ao olhar (POMIAM, 1987:18).

 

 

 

    Sob esse aspecto, a coleção de artesanato Carrapicho exposta no museu e na reserva técnica mantém seu conhecimento tradição popular através de seu “modo de fazer” presente em cada artista enquanto representação da cultura material, imaterial e da memória de seus artistas locais. 

 

 

 

3.2. Memórias Resgatadas

 

 

 

O ato de colecionar, ao lado do desejo de expor a coleção, marca o surgimento do museu. Ele aparece configurado desde o helenismo. “Mouseîon é o termo que o historiador Estrebão (Alexandria, século I a.c) emprega para referir-se a um centro interdisciplinar de cultura e patrimônio, o dos palácios reais de Ptolomeu Soter ou Ptolomeu Filadelfo.” O museu era parte integrante desses palácios (FERNÁNDEZ, 2004:13).

 

 

 

            O objetivo dos museus e sua criação, a partir das coleções, pretendiam provar e guardar a memória de seus antepassados através dos objetos e documentação que resultassem como um suporte de informações.

 

Os objetos da coleção Carrapicho, provavelmente acondicionada no museu do homem sergipano através de doações, não haviam sido nunca antes estudados.  A atual coleção só continha em sua identificação apenas as assinaturas de seus artistas, e onde viviam, na atual Santana do São Francisco – SE e/ou em Aracaju.

 

Já que o Museu do Homem Sergipano conserva e expõe a história, a memória e a cultura de uma cidade através da arte de cada artesão, esteja ele vivo ou não, como é o caso do artesanato do “Cavaleiro” com a assinatura da ex-artesã D. Feliciana, que não se sabia quem era, quando nasceu, se estava viva ou quando faleceu. A mesma só foi descoberta atualmente através de pesquisas com seus descendentes, caso de sua bisneta, que doou a cópia de sua certidão de nascimento e sua neta que possui a foto da ex-artesã na capa do livro da “II feira de expoarte de 1977”.

 

Com as doações foi possível acessar outro dado da artesã constante no “guia de solicitação da certidão de óbito”, pois a data de seu falecimento estava esquecida na memória de seus descendentes, mas viva e conservada no Arquivo Geral de Aracaju.

 


[1] Nomenclatura dada, durante a República Velha (1889-1930), ao cargo que seria a partir de 1947 denominado como “governador do estado”.

[2] Relatório do Histórico do Museu do Homem Sergipano, 1 de Março de 2011, p.12.

 

Wilson de carvalho

Padrão

Wilson de Carvalho, o artista tem problemas no braço ocasionado pelo trabalho, mas continua fazendo artesanatos, suas peças são as maiores, pois sua marca registrada com cerâmicas em forma de Boi, e de Mulheres, recebe várias encomendas, mas nenhum de seus filhos segue a sua profissão.

O mesmo se preocupa com o patrimônio imaterial sumindo e o artesão responde o seguinte: Imagem

Como você sente com poucos dos seus familiares não se interessarem para aprender a fazer e da continuidade ao artesanato?

 R- É preocupante para mim, ta deixando morrer uma tradição da família, a cultura esta morrendo.